sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Esquece o ponto final, constrói um parágrafo unido em apenas duas partes: eu e tu. Com inicio, meio e sem fim... Envolve-me entre virgulas, beijos feitos de reticências prolongadas e intensas que nem mesmo as palavras sabem contar. Depois? Não digas nada, o teu corpo diz-me tudo. E é no silêncio quando encostas a tua cabeça ao meu peito na tua cama que mais me falas de amor . Peço-te páginas em branco para que eu me deite sobre elas como lençóis brancos de puro prazer. No fim, deixa-me o teu ombro para que eu possa descansar e continuar uma história, não de amor. O título esquece-o, desenho apenas no cantinho de cada folha uma estrela, aquela que no fim acabou por aparecer quando eu menos esperei. Toca-me com a força de um ponto de exclamação. Tira-me tudo, dando-me tanto. Tira-me a roupa, a inocência, tira-me o sufoco que é não te ter colado a mim como folhas que não se desgrudam com batôn desenhado e perfume humedecido nelas mesmas, dá-me o que mais precioso tens, que são os teus beijos, os teus lábios, o teu corpo, as tuas mãos que tanto sabem... O resto não sei, ensina-me, como se faz nos livros de rituais antigos onde o pó esconde ainda segredos. Prometo-te que só juntos abriremos o livro da nossa vida , aquela em que nem a morte nos vai separar ! Adoro-te .
Esta nossa história nao vai ter fim hugolopes .

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