sábado, 5 de dezembro de 2009

Aquilo que antes era belo, agora tornou-se sujo, desagradável mesmo incompreensível.

E por mais longe que possas estar nunca te vou esquecer e para sempre te vou lembrar que aquilo que eu sou hoje de bom ou de mau, foste tu que criaste.
E agora onde esta o sorriso perfeito que muitas das vezes num passava de cínico?
Está velho, está cansado e desgastado, vincado pelas rugas que formam a tua face.
Eu sei, não fales, nem te tentes justificar por erros do passado que nunca admitiste e guarda os últimos esforços para aqueles que sempre te deram a mão em troca de alguma coisa, porque afinal de contas foram eles que fizeram de ti o que és hoje (como se fosses alguma coisa).
Os teus dias converteram-se em anos e resultado disso é o teu corpo e normalmente o espelho não reflecte o que somos, mas no teu caso podes cingir-te a isso.
A sensibilidade, essa que só conseguiste ganhar com os anos em cima de ti e não por mérito próprio sorrateiramente, tratou-te da visão. E agora dá-te lágrimas de sofrimento em vez de optar pela alegria do que venceste ou não.
É triste, é sarcástico, mas é verídico.
E o que nos separa? Não é a velhice precoce que optaste ter, é a indiferença que me ganhaste!
Não envelheceste com sabedoria, envelheceste antes com uma vida sem proveito, sem sentimento e afecto.
Mas numa certa hora, num certo lugar, irás ter a resposta da tua tatuagem de vida. Até lá, não te vou sacrificar mais, vou deixar que o tempo acabe o que começou e que trate do resto.










É só apenas uma questão de amor de pai.

Sem comentários:

Enviar um comentário